quarta-feira, 29 de junho de 2011

Medo( Grande pretensão)

Deitado na cama que lembra seu lar doce lar

Tudo que parecia festa, aos seus olhos, está desmoronando.

Sem término, seus lábios

expiram

Sons formam uma antiga canção

A música parece ficar mais alta

Arremessar-se parece ser a única opção

Para gingar como anseia


Inútil, você é.

Pensar você faz

Dormir você anseia

Acordar faz lembrar-lhe que vive


As pálpebras se dilatam não pela luz, mas sim pelo som

Eles lhe levarão para o outro lado

"É necessário transcender agora !"

Você pode escuta-lós?

Incrédulos é ainda sim senhores da vida e da morte

Então gargalha

Rô-Rô-Rô

Esquece que perdeu a voz.


Você está preso as limitações mortais e morais.

“O tempo de vida de seu organismo esta atrelado ao seu estado psíquico”

Belas palavras, que não mudam nada.


Ei aonde pensa que vai?

Tenta fugir?

Esquece que somos um?


Que conveniente está troca de ambiente

Branco e cinza realmente realçam a cor dos seus pensamentos

Pela sua cara não parece se lembrar de muito certo?

Em resumo, você teve outra recaída e voltou para este estado deplorável

Vai ver essa sua auto-piedade chegou a tal ponto que nem seu cérebro agüenta tanta ladainha.

Onde está a poesia agora? Onde está o borbulhar das idéias? Onde está sua reação?

Tudo morto

Assim como você, patético.

Feche os olhos agora, e acabe com sua dor ninguém abrirá a porta dessa vez.

Tenha bons sonhos meu garoto, você atingiu a imortalidade o tempo não é mais problema.


O fim é então sua vontade de metarfosear-se.

Hora tente então se levantar, não vou te impedir, mas só trará dor.

Afinal o fato de ser causa-lhe medo

Seu único ganho foi experiência.

O fruto da sua julgada Demência é sua consciência.


Persiste...


Mostre então do que e capaz, enfrente a si mesmo

Ganhe com suas próprias mãos sua liberdade

Escreva nas próximas páginas o que você é

Sem usar as palavras

Mas por favor, não me abandone.